"Os céus proclamam a glória de Deus, e o firmamento anuncia as obras das suas mãos. Um dia discursa a outro dia, e uma noite revela conhecimento a outra noite. Não há linguagem, nem há palavras, e deles ouve nenhum som; no entanto, por toda a terra se faz ouvir a sua voz, e as suas palavras, até aos confins do mundo. Aí, pôs uma tenda para o sol, o qual, como noivo que sai dos seus aposentos, se regozija como herói, a percorrer o seu caminho. Principia numa extremidade dos céus, e até à outra vai o seu percurso; e nada refoge ao seu calor." (Salmo 19)
Na juventude, enquanto cuidava do rebanho de seu pai, o salmista Davi se dedicava ao estudo dos dois grandes livros de Deus: a natureza e as Escrituras. E ele se aprofundava no espírito destes dois únicos volumes de sua biblioteca a tal ponto que era capaz de compará-los e contrastá-los num estudo disciplinado, engrandecendo a excelência de seu Autor que se vê em ambas as obras.
Como são tolos e mal intencionados aqueles que, em vez de aceitar estes dois tomos sagrados e ter prazer em contemplar as mesmas mãos divinas que operaram neles, desperdiçam toda a inteligência no empenho de achar discrepâncias e contradições.
Podemos assegurar tranqüilamente que os "Vestígios da Criação" jamais irão contradizer o Gênesis, nem será descoberto um "Cosmos" correto diferente da narrativa de Moisés.
Sábio é aquele que lê tanto o livro sem palavras como o livro da Palavra como dois volumes da mesma obra e conclui: "Meu Pai escreveu tanto este quanto aquele."
Trecho extraído da exposição completa do Salmo 19 - Spurgeon
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