sábado, 8 de maio de 2010

Penduricalho


 "Quem é este?" é a pergunta feita desde que Jesus andou pela Galiléia! Quando perdoou ao paralítico, os teólogos questionaram: "Quem é este que blasfema? Quem pode perdoar pecados, a não ser somente Deus?". Ao acalmar a tempestade, os discípulos indagaram: "Quem é este que até aos ventos e às águas dá ordens, e eles lhe obedecem?". Essa indagação ecoou pelos séculos e ninguém escapa de respondê-la, pois Jesus pergunta a cada um: "Quem você diz que eu sou?".

 As dificuldades para compreender o carpinteiro de Nazaré não foram sempre as mesmas. No início da Era Cristã, foi difícil aceitar sua humanidade. Não se duvidava de que Ele era Deus, mas resistia-se a aceitar que fosse verdadeiramente humano. Na nossa época ocorre, antes, o inverso! Não se questiona o homem Jesus, mas nega-se que seja Deus de verdade.

 Como exemplo de uma resposta pessoal, cito o testemunho que Martinho Lutero deu:
 "Até agora, por minha maldade de fraqueza congênita, fui incapaz de fazer jus às exigências de Deus. Se não puder crer que Deus, por Cristo, me perdoará o meu falhar, que dia por dia, lamento, eu estarei arruinado. Terei de desesperar.

 Mas, isso jamais farei! Pendurar-me num galho como Judas, isso não vou fazer. Vou pendurar-me no pescoço ou nos pés de Cristo, como a pecadora o fez. Apesar de eu ser pior do que ela, vou apegar-me ao meu Senhor Jesus.

No dia do Juízo final Ele dirá a Deus, o Pai: 'Este penduricalho também vai ter que passar. Verdade é que ele nada guardou, e trangrediu todos os teus mandamentos. Pai, mas ele se pendura em mim. É isso que importa! Eu morri por ele, deixa-o entrar'. Esta será a minha fé!".

Martin Weingaertner, Organizador e editor do livro Orando em Família - Meditações Diárias